Sexta feira na aula de Proteção e Higiene Radiológica, assistimos a um documentário sobre este acidente.
Fiquei chocada! A que ponto pode chegar a inocência humana.
Por falta de conhecimento a cidade inteira foi contaminada.
Fiquei mais chocada ainda com os depoimentos das vitimas, que até hoje não foram amparadas pelo governo.
* Dois amigos que catavam ferro velho acharam uma peça de chumbo numa clinica abandonada e a levaram para uma oficina, onde venderam a mesma.
Com a ajuda de um outro amigo, o dono do ferro velho conseguiu abrir a peça e notou que eu seu interior existia um pó. Sem saber do que se tratava ele o deixou num canto qualquer.
Certa noite, o proprietário da oficina notou que aquele pó estava brilhando e ficou encantado. Então pegou a peça e levou para sua casa.
Toda a vizinhança ia lá para conhecer a tal “pedra”. Mal sabiam que estavam sendo contaminados por aquele pó radioativo.
Um dos vizinhos levou um pouco do pó dentro de uma caixinha de fósforo e quando chegou em casa, apagou todas as luzes e despejou o material embaixo da cama de sua filha caçula.
Muitas outras pessoas entraram em contato com o pó, algumas inalaram, outras pegavam na mão e assim saiam contaminando outras pessoas por onde passavam.
Depois de algum tempo o pessoal da cidade começou a apresentar os mesmos sintomas, quando um médico desconfiou e avisou o governo, que resolveu mentir que tudo não passava de um vazamento de gás, pois não tinha gente preparada para lidar com esse tipo de problema, o que acarretou também contaminação aos funcionários que não sabiam de nada.
Algumas pessoas ficaram internadas no hospital da Marinha e não demorou muito tempo para começar as mortes. A primeira vitima fatal foi a menina cujo pai colocou o pó embaixo de sua cama, e depois dela morreram muitos outros.
Até hoje pessoas sofrem com as conseqüências, tanto apresentando doenças (geralmente o câncer), como também o preconceito.
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