A doença de Alzheimer causa a morte das células nervosas, fazendo com que haja perda de tecido em todo o cérebro. Com o passar do tempo o cérebro encolhe muito, o que afeta quase todas as suas funções.
Na imagem abaixo, em corte transversal entre os ouvidos, podemos comparar como a perda de células altera todo o cérebro na doença de Alzheimer em estágio avançado.
No cérebro com Alzheimer o córtex (01) encolhe, danificando as regiões envolvidas com o pensamento, planos e lembranças. Esse encolhimento é principalmente grave no hipocampo (02), região importante na formação de novas lembranças. Os ventrículos (03), espaços preenchidos por fluídos dentro do cérebro ficam maiores.
Efeitos terríveis da doença podem ser vistos em tecidos cerebrais analisados com o microscópio. O tecido com Alzheimer possui um numero bem menor de células nervosas e de sinapses do que um cérebro saudável. As placas (01), ou seja, depósitos anormais de fragmentos de proteína, se agrupam entre as células nervosas. As células nervosas mortas (02) ou prestes a morrer contém emaranhados neurofibrilares, que são formados por filamentos torcidos de outra proteína.
As placas são formadas quando pedaços da proteína beta-amilóide se agrupam (01). Elas vêm de uma proteína maior encontrada na membrana gordurosa que envolve as células nervosas. A beta-amilóde é quimicamente pegajosa e se junta aos poucos formando as placas (02). As formas mais nocivas de beta-amilóide são os grupos de pequenos pedaços (03), pois eles podem bloquear a sinalização entre as células na sinapse. Elas também podem ativar as células do sistema imunológico que causam inflamações e devoram células deficientes.
Os emaranhados destroem um sistema de transporte de células essencial formado por proteínas.
Na região saudável o sistema de transporte é organizado em filamentos paralelos ordenados como os trilhos de trens. As moléculas de nutrientes, partes de células e outros materiais viajam nestes "trilhos". Uma proteína chamada tau ajuda os "trilhos" a permanecerem retos.
Na região com formação de emaranhados a tau se converte em filamentos torcidos (emaranhados). Devido a isso os "trilhos" não conseguem mais se manter retos e se rompem e se desintegram. Assim os nutrientes e outros suprimentos essenciais não conseguem mais se movimentar através das células, que acabam morrendo.
As placas e emaranhados tendem a se espalhar por todo o córtex, de acordo com o avanço da doença. Porém a velocidade de progressão pode variar muito.
Pessoas com Alzheimer vivem em média 8 anos, mas algumas pessoas podem sobreviver por até 20 anos.
O curso da doença depende da idade da pessoa quando a doença foi diagnosticada e se ela já possui outros problemas de saúde.
Nos estágios iniciais, antes que os sintomas possam ser detectados com os testes atuais, as placas e emaranhados começam a se formar nas regiões da aprendizagem e memória (01) e do pensamento e planejamento (02).
Nos estágios de leve a moderado as regiões da memória (01) e pensamento e planejamento (02) desenvolvem mais placas e emaranhados que estavam presentes nos estágios iniciais. Como resultado disso, os indivíduos desenvolvem problemas com a memoria e o pensamento graves a ponto de interferir no trabalho ou na vida social. Também podem ficar confusos e ter dificuldades para lidar com dinheiro, ao se expressarem e organizarem os pensamentos. Muitas pessoas com Alzheimer são diagnosticadas neste estágio.
As placas e emaranhados também se espalham para regiões da fala e compreensão de discurso (03) e percepção de onde o corpo está em relação aos objetos ao seu redor (04).
Conforme a doença avança os pacientes passam por alterações na personalidade e no comportamento e apresentar dificuldades para reconhecer amigos e familiares.
No estágio mais avançado da doença, a maior parte do córtex esta gravemente danificada. O cérebro encolhe muito em função da morte das células em todo o órgão e as pessoas perdem a capacidade de se comunicar, reconhecer a família e pessoas queridas e de cuidarem de si mesmas.
Fonte: Alzheimer's Association.
nem todo avanço da medicina conseguiu ainda conter este mal.
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